Equipe de pesquisadores liderados por professor da UVA identifica nova espécie da flora da Caatinga
18 de julho de 2016 - 4:06 PM

Borreria apodiensis: nova espécie da flora da Caatinga é identificada por equipe de pesquisadores liderados por professor da UVA
Pesquisadores da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidad Nacional del Nordeste (UNNE-Argentina) identificaram uma nova espécie vegetal do bioma Caatinga. Denominada Borreria apodiensis, a espécie é endêmica da Chapada do Apodi, ocorrendo em substratos calcários entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro.
A nova espécie foi descrita pelo Professor Elnatan Bezerra de Souza do Curso de Ciências Biológicas da UVA e curador do Herbário “Prof. Francisco José de Abreu Matos” (HUVA), durante estágio pós-doutoral na UFC, em colaboração com o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio-Semiárido). Integram a equipe de pesquisadores, a Professora Maria Iracema Bezerra Loiola (UFC); Professora Elsa Leonor Cabral (UNNE); o discente do Curso de Ciências Biológicas e Bolsista do Programa Bolsa Universidade da UVA (PBU-UVA), Francisco Álvaro Almeida Nepomuceno, e a doutoranda Laila Mabel Miguel (UNNE).
A espécie, exclusiva da Caatinga, é uma erva anual de flores alvas, classificada entre as Rubiaceaes, da família do cafeeiro. A descrição da nova espécie foi publicada na edição de abril/junho de 2016 da Revista Acta Botanica Brasilica da Sociedade Botânica do Brasil. De acordo com o Professor Elnatan Bezerra, a descrição de mais uma espécie, até então desconhecida, reforça a importância de mais estudos sobre a Caatinga. “Se, por um lado, a Caatinga é rica em espécies, muitas das quais ainda não conhecidas da Ciência, o que demanda mais esforço de coleta e pesquisa, por outro, é o bioma menos protegido em unidades de conservação de proteção integral”, afirma.
A Borreria apodiensis aparece para a Ciência já como espécie ameaçada. “A área de ocorrência dessa nova espécie, considerada por especialistas como de extrema importância para a conservação da flora da Caatinga, está sendo impactada pela agricultura mecanizada, por queimadas, produção de carvão e pela extração de calcário”, explica o Professor Eunatan.
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18/07/2016
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